quarta-feira, 13 de março de 2013

Irecê da Bahia


Nas Caraíbas,
De gente humilde e tranquila,
De solo fértil e generoso,
Cresce um povo baiano esperançoso.

Do sertão adentro, 
Irecê se sobressai,
Famosa por sua safra,
Muito forasteiro atrai.

Como capital é conhecida,
Título oferecido e merecido,
Mesmo depois de muita seca
Há ainda a esperança, que o feijão floresça

De seca sofre o teu leito,
Sem água o plantio não tem proveito,
Mas contando com esse povo guerreiro,
Passada a má fase o campo será refeito.

Os seus filhos são fieis
De suas origens, não nega quem és,
Mesmo que longe esteja, recorda com emoção,
Das lembranças que carrega no coração.

Tem peculiaridades gostosas de comentar
Como perguntar se é Dourado aquele gosta de gritar,
Ou até mesmo apelidar de Jacu baleado
O eleitor que votou em candidato derrotado.

Meio dia não há sossego, em cada casa há um trovejo,
São rádios ligados que levam a informação, 
Que passa de casa em casa conectando a população.

Quem conhece não esquece,
E dessa terra faz questão de lembrar,
O que nessa cidade tem, noutra não há.

Tem praças com Requintes,
Recantos com árvores,
Tem o Baixão da dona Sinésia,
A lagoa do Tio Ó.

Sem falar na Praça Clériston,
Que nos traz boas recordações,
Em época de junho há aquele explojão,
De Arraiá das Caraíbas que é chamado o São João.

A praça do feijão é a mais badalada,
Ao cair da noite fica toda iluminada,
Tem tudo que a juventude aprecia,
No fim de semana fica cheia e é aquela alegria.

Apesar de todos os pesares é um lugar bom de se viver,
Tem alguns problemas, mas como poderia não ter?
Não mudaria o destino, mesmo que pudesse escolher,
Pois ser ireceense é o orgulho que gosto de ter.

Ainda que quisesse não poderia mencionar
Tudo de bom que nessa cidade há, 
Por aqui encerro, com uma felicidade imensa
De poder homenagear minha terra querida sem precisar de recompensa!



"Irecê de meus amores, terra boa do sertão

Autora: Juliete Olímpio


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