sexta-feira, 13 de abril de 2012

Felicidade

Há coisas mais importantes na vida que ser feliz?
“’Felicidade’ é uma coisa boa, levando-se em conta todo o resto. Contudo, quando enfatizada em demasia ou eleita como o foco da vida de uma pessoa, conduz à depressão, à perda de propósito para a vida e a um sentimento de fragmentação bastante entranhado. Resumindo, arruína a vida. Por quê? Só para citar um motivo, porque há coisas mais importantes na vida que ser feliz. Existem um sentido mais amplo e um propósito maior que deveriam ser o objetivo de nossa vida. Em poucas palavras, fomos criados para mais que a felicidade. Fomos feitos para honrar a Deus, aprendendo a nos tornar membros espiritualmente competentes de seu Reino, e para fazer desse Reino nosso maior interesse. Se a vida se resumir a felicidade, então coisas como disciplina, sacrifício e que tais são más em si mesmas ou, pelo menos, sem sentido.
(...).
Existe um segundo motivo pelo qual a felicidade não deve ser o bem supremo da condição humana. É o que os filósofos chamam de ‘paradoxo do hedonismo’: o senso contemporâneo de felicidade (isto é, a satisfação prazerosa, sentir-se bem de verdade e estimulado) não pode ser encontrado por meio de busca. Se você já enteou ser feliz, sabe que é verdade. Se você passa o tempo todo tentando ser feliz, acaba concentrando toda a sua atenção em si mesmo e em quanto você é ‘feliz’; por conseguinte, torna-se um eu retraído, incapaz de viver por uma causa maior. Sua vida girará em torno de você, e seu foco, momento a momento, estará voltado para como você se sente por dentro. Seu único critério de avaliação para procurar um emprego, fazer amigos, encontrar um cônjuge (ou continuar ao lado dele!) e escolher uma igreja se reduzirá à única preocupação que abrange tudo isso: Como esse detalhe particular me faz sentir?
A melhor maneira de ser feliz no sentido contemporâneo é esquecer o assunto de tentar viver uma vida boa por um propósito maior, sobretudo pela causa de Cristo. Se fizer isso, você não viverá tão preocupado com os períodos de infelicidade, e acabará mais feliz do que seria caso se tivesse preocupado com a felicidade!”


(MORELAND, J. P. O triângulo do Reino: restabelecendo a mente cristã, renovando a alma, restaurando o poder do Espírito. São Paulo: Vida Nova, 2011, pp. 30-31)

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